Eles são grandes amigos, trabalharam juntos por muito tempo e foram fundamentais no tricampeonato brasileiro do São Paulo. Porém, domingo, Muricy Ramalho e Rogério Ceni estarão em lados opostos na Arena Barueri. Enquanto o treinador do Fluminense tenta levar o clube das Laranjeiras ao título brasileiro após 26 anos de espera, o goleiro pentacampeão mundial quer ajudar o time paulista a garantir uma vaga na Libertadores pela oitava temporada consecutiva.
Muricy conta com grandes estrelas a seu favor, mas reconhece que dificilmente um clube brasileiro conseguirá ter um jogador com a representatividade que Rogério tem para o São Paulo. Afinal, em 20 anos de Morumbi, o goleiro vestiu a camisa do São Paulo 935 vezes e anotou 91 gols, uma marca praticamente impossível de ser batida por qualquer jogador.
Questionado por um jornalista na coletiva de sexta-feira, nas Laranjeiras, se algum de seus medalhões poderia vir a ter um perfil semelhante ao do goleiro e, conquentemente, a mesma importância para o Fluminense em um futuro próximo, Muricy foi enfático.
“Para ter o perifl semelhante ao do Rogério é preciso ter 20 anos de clube e não existe ninguém com esse tempo em lugar nenhum. Hoje em dia é muito difícil um jogador permanecer tanto tempo no mesmo clube, ainda mais sendo um goleiro”, afirmou o treinador do Fluminense.
Amigo e admirador confesso do rival de domingo, Muricy afirma que o sucesso de Rogério não tem segredo e seu diferencial em relação aos outros é muito fácil de explicar.
“Ele treina um pouco a mais do que os outros, se cuida um pouco a mais e se concentra um pouco a mais, por isso ele é diferenciado dos demais. E quanto mais o tempo passa, melhor ele fica. Eu, por exemplo, acho que ele foi o melhor goleiro do campeonato. Ele pegou demais nesse Brasileiro”, rasgou elogios Muricy.
Mas do que os três títulos nacionais ao lado do goleiro, o treinador do Fluminense guarda um momento muito especial nos tempos em que trabalharam juntos.
“Eu tive a oportunidade de ser o primeiro técnico a deixar ele bater uma falta, o que assustou as pessoas na época. Mas acabei sendo premiado por ser o técnico dele quando ele fez o primeiro gol de falta da sua carreira. Ele é um amigo, frequentamos os mesmos lugares, é um baita goleiro e tudo que eu disser sobre ele será muito pouco”, concluiu Muricy.
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