Para jornalista, características do goleiro são exaltadas nos momentos de vitória. Capitão tricolor argumenta que não participa de discussões do clube

Rogério Ceni não perdeu tempo. Em entrevista exclusiva ao repórter, do GLOBOESPORTE.COM Carlos Augusto Ferrari, o goleiro do São Paulo rebateu às críticas do ex-técnico do clube Ney Franco. Durante o "Redação SporTV", o jornalista André Rizek ressaltou que o peso das declarações do goleiro mudam de acordo com o momento que vive o São Paulo, que nesta quarta-feira, perdeu a final da Copa Suruga para o Kashima Antlers por 3 a 2, no Japão. Após o duelo, o camisa 1 concedeu entrevista e falou sobre o ex-treinador (assista ao vídeo).
- Quando o São Paulo está ganhando, essas mesmas características do Rogério, de influenciar na escalação, nas contratações, de debater com o técnico, às vezes, até de desobedecer o técnico, a gente exalta. Quando está perdendo, elas viram problemas. É um pouco chato fazer esse jornalismo de declarações, mas a gente é obrigado a ouvir o que o outro diz quando alguém é acusado, aí está a resposta de Rogério Ceni - disse André Rizek.
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Confira o que disse o capitão do São Paulo:
- Não tenho muito para falar do Ney Franco, nem o momento acho que cabe muito. Mas, para vocês não ficarem sem nada, só queria dizer que, se tivesse toda influência que ele acha que tenho, ele estaria no olho da rua há muito tempo. Não esperaria se tivesse o poder de decisão. Sou apenas um funcionário do clube, não decido, não mando. Mas se eu tivesse condições de ter a influência que ele acha que eu tenho, ele estaria longe há muito tempo – disse Rogério após o jogo no Japão.
Em entrevista ao jornal "O Globo" na última terça-feira, Ney Franco declarou que não teve no veterano o capitão que esperava para a temporada 2013 e, que além disso, jogador reclamava nos corredores caso alguma contratação não fosse do agrado dele.
Em participação no "Redação SporTV", o jornalista Fábio Azevedo, chefe de reportagem da Rádio Globo, disse que acha natural um capitão ser ouvido pela direção do clube e, que no futuro, Rogério Ceni pode até vir a ser presidente do São Paulo pelo seu envolvimento.
- Ele deixou bem claro, se eu tivesse o poder estaria no olho da rua a mais tempo. O Ney Franco conhecia isso. A gente sabe, pela longevidade, que ele é ouvido. Ele não tem uma decisão, a caneta não é dele, ainda, mas pode ser que mais a frente ele venha a ser um presidente do São Paulo. Mas que ele é ouvido, isso é, até porque é o capitão. O que é natural, na minha visão, o capitão ser ouvido. Não ser decisivo, mas ser ouvido? Por que não? - disse.
A relação entre Ney e Ceni começou a ficar ruim durante um jogo pela Copa Sul-Americana entre São Paulo e LDU de Loja, do Equador, em outubro de 2012. Na partida, o goleiro reprovou uma substituição feita pelo treinador, que colocou Willian José, enquanto o arqueiro pedia insistentemente pela entrada de Cícero. Após o jogo, Ney foi firme e reprovou a atitude. O treinador foi demitido do Tricolor em 5 de julho, um dia depois da derrota por 2 a 1 para o Corinthians, no Morumbi, na primeira partida da decisão da Recopa Sul-Americana.
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