sábado, 21 de setembro de 2013

Muricy não crê em aposentadoria, mas dá conselhos para 'técnico' Ceni

Treinador torce para que goleiro do São Paulo repense a decisão de parar de jogar ao final da temporada. 'Sou meio São Tomé, só acredito vendo'


Rogério Ceni Muricy Ramalho (Foto: Marcos Ribolli)Rogério Ceni e Muricy Ramalho voltam a trabalhar
juntos (Foto: Marcos Ribolli)
Muricy Ramalho ouviu atento as declarações de Rogério Ceni após a vitória sobre o Atlético-MG, na quarta-feira. Apesar de o goleiro são-paulino ter garantido que para de jogar no fim do ano, o treinador acredita que a decisão possa ser repensada e já programa uma conversa para tentar convencer o capitão da equipe, que, desde 1990 no clube, atingiu a marca de 1.100 jogos com a camisa tricolor.
- Ouvi ele falando que o resultado dos jogos não muda a sua decisão, mas não sei. Futebol é complicado, rapaz. Para a gente conseguir se afastar não é mole não. O Rogério ama isso aqui, não sei o que vai ser dele quando parar, se o carro vai vir sozinho para o CT. Eu sou meio São Tomé, só acredito na hora em que realmente acontecer.
Considerado um dos maiores ídolos da história do São Paulo, Rogério Ceni foi nome importante nas conquistas da Libertadores e do Mundial de Clubes, em 2005, e no tricampeonato brasileiro nos anos de 2006, 2007 e 2008.
- Os bons exemplos são importantes para o futebol. O Rogério é um grande profissional, de grande caráter, e isso serve de ajuda para os jovens do São Paulo. Quando alguém assim para, faz falta. Temos de ter calma, deixar ele esfriar a cabeça para depois conversar. Somos muito amigos, parceiros mesmo, mas ainda não tivemos tempo de conversar desde que retornei ao São Paulo – completou o treinador.
Meia do São Paulo na década de 1970, Muricy Ramalho aposentou-se dos gramados em 1985, quando defendia o Puebla, do México. Aos 30 anos na época, ele teve sua carreira abreviada por uma sequência de contusões. Decidiu, então, ser treinador, e para isso contou com os conselhos de Telê Santana, com quem trabalhou no Tricolor. Agora, Muricy já vislumbra ser o “mestre” de Rogério.
- Ser treinador não é fácil. Às vezes, o jogador acha que já está preparado, mas não é assim. Se o Rogério decidir ser treinador, com certeza, ele não vai ter pressa e irá se preparar muito bem. Será esse o conselho que darei a ele se vier falar comigo e tiver a paciência de me ouvir – divertiu-se o comandante, que garantiu não pensar ainda em substitutos para o capitão.
Atualmente, o reserva imediato de Rogério é Denis, entretanto o clube vem preparando Renan Ribeiro, contratado do Atlético-MG, para assumir a meta tricolor futuramente. Leo, cria das categorias de base do São Paulo é outra opção de momento para Muricy.
- Não estou pensando nisso agora. Nosso foco não pode ser outro a não ser sair da situação delicada em que estamos. O pensamento está no dia de hoje e não devo misturar as coisas.
*Colaborou Maria Clara Ciasca, sob supervisão de Zé Gonzalez
Globo Esporte

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