Seu Francisco veste a camisa 75 do Palmeiras nas peladas em São José-SP;
'vovô' da turma, ele joga futebol duas vezes por semana e conta segredo da boa forma

(Foto: Thiago Fadini/ GloboEsporte.com)
O goleiro Francisco de Assis, 75 anos, joga futebol às terças e aos domingos. Não reclama de cansaço, nem de dor. O segredo, segundo ele, é "seguir se divertindo". Palmeirense fanático, Chico não gostou da aposentadoria de São Marcos, aos 38 anos. E aproveita para deixar uma mensagem a Rogério Ceni, 40 anos (faz 41 na próxima semana), que renovou o contrato até o fim de 2014 com o São Paulo.
– Jogo a minha pelada por prazer ao esporte. Adoro competir. Isso é o que me eleva e me motiva sempre para o próximo jogo. O Rogério ainda é novo. Dá pra aguentar mais. Ele não tem que ouvir o que dizem e, sim, confiar em seu corpo. Quando tiver a minha idade, ele continua pegando bem, com certeza. Melhor que eu, acho que não. Mas igual, sim, viu (risos) - brinca o vovô.
– Jogo a minha pelada por prazer ao esporte. Adoro competir. Isso é o que me eleva e me motiva sempre para o próximo jogo. O Rogério ainda é novo. Dá pra aguentar mais. Ele não tem que ouvir o que dizem e, sim, confiar em seu corpo. Quando tiver a minha idade, ele continua pegando bem, com certeza. Melhor que eu, acho que não. Mas igual, sim, viu (risos) - brinca o vovô.
A reportagem do GloboEsporte.com acompanhou uma noite de "pelada" com o atleta. Não faltaram pontes, mergulhos e encaixadas. E mais: não flagramos nenhum "frango" - a palavra tão temida pelos goleiros. Mas qual seria o segredo de Francisco para manter a forma e fechar o gol, hein?

– Eu nunca fumei, nunca usei nada que fosse perigoso e não gosto de cerveja. Também não tomo remédio sem o médico receitar. Isso tudo ajuda - revela o mineiro de Paraisópolis.
O dia em que me derem um chinelinho ao invés de uma luva, aí vou entender que é hora de parar
Francisco Assis
Vestindo a camisa 75 do Palmeiras, ela joga futebol society na região sul de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. Há 50 anos trabalha como despachante. Nem quer saber de aposentadoria. Tem três filhos, três netos e um bisneto. A família toda apoia a vida esportiva de Francisco. E ele não quer saber de parar, não.
– O dia em que me derem um chinelinho ao invés de uma luva ou uma chuteira, aí vou entender que é a hora de parar.
O filho de Francisco, Luiz Fernando, relata que o pai sempre foi o organizador e motivador dos grupos de futebol que os dois participaram ao longo da vida.
– Meu pai sempre foi o que mobilizava as pessoas, em qualquer campo que fosse. Ele levava o pessoal que estava às vezes sem fazer nada pra ir se movimentar – conta o filho, orgulhoso.

Gol... sofrido e inesquecível
Tantos anos jogando bola, boas histórias não faltam. Francisco lembra bem do dia em que sofreu uma das maiores humilhações de sua carreira: levou um gol de chaleira em cobrança de pênalti.

(Foto: Thiago Fadini/ GloboEsporte.com)
– Estávamos jogando em Itaquera (zona leste de São Paulo) e eu representava o América-SP. O jogo estava 1 a 1, começando a escurecer e o tempo acabando. De repente marcaram um pênalti contra a gente. Aí eu vi toda a turma (torcida adversária) juntando atrás do meu gol e gritando "chaleira, chaleira, chaleira". Eu fiquei pensando o porquê deles gritarem. "Será que o apelido do atacante é chaleira?". O cara vem e me bate o pênalti de chaleira, rapaz!? Mas foi um foguete que eu só cheguei a relar na bola... mas ela entrou, não deu.
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