quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Rogério Ceni: título para não igualar pior jejum no São Paulo

Goleiro do Tricolor não sofreu gols ainda no Morumbi, pela Liberta

Goleiro do São Paulo está a dois confrontos de conseguir seu segundo título de Copa Libertadores

Goleiro do São Paulo está a dois confrontos de conseguir seu segundo título de Copa Libertadores (Crédito: VipComm)

Alexandre Lozetti
ALEXANDRE LOZETTI
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Gabriel Saraceni
GABRIEL SARACENI
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No São Paulo há quase 20 anos, Rogério Ceni, se não passar pelo Internacional e avançar à final da Libertadores, correrá o risco de vivenciar uma situação incomum em sua vitoriosa carreira pelo clube.

Desde 1993, quando conquistou seu primeiro título – a Libertadores, mas não como titular – o hoje capitão tricolor, por só uma vez (em 2003 e 2004), ficou dois anos seguidos sem levantar taça. Se for eliminado na semifinal de amanhã, só restará o Brasileirão, o qual o Sampa é nono colocado (11 pontos a menos do que o líder), para salvar a pele do camisa 1.

Ano passado, depois de três Nacionais conquistados, o Sampa interrompeu uma sequência de triunfos. Agora, luta para voltar a ser campeão na competição mais adorada.

Para que Rogério não se arrisque a viver, pela segunda vez, o incômodo jejum de títulos, o capitão tem os números pessoais na Libertadores deste ano como grande trunfo.

Em 11 partidas disputadas na competição sul-americana, em nenhuma delas Ceni foi vazado no Morumbi. Se o feito se repetir, basta um gol marcado para o Tricolor ao menos levar a decisão para os pênaltis. Em todo torneio, o camisa 1 viu sua rede ser balançada apenas três vezes, duas contra o Once Caldas (COL) e uma frente ao Inter.

Em números, a atual edição é disparada a melhor do goleiro. Apenas o ano passado, quando disputou só três partidas, já que sofreu fratura no tornozelo esquerdo, o capitão foi vazado menos vezes. Foram só duas. Mas a média (0,27) deste ano supera todos os outros, mesmo o de 2005, quando foi campeão (veja mais no quadro abaixo).

Com vínculo até o fim de 2012, Ceni sabe que dificilmente vai ter outra chance tão clara de ser campeão da Libertadores como a que está a sua frente agora. Ele está a dois mata-matas de, pela segunda vez como capitão, levantar a taça. Se o bom retrospecto ajudar, basta aos atacantes cumprirem seu papel para o Sampa ser finalista.


Recorde, mas falta de gols

Com 11 gols em Libertadores, ao marcar, de falta, na derrota por 2 a 1 para o Once Caldas (COL) este ano, Rogério se isolou na artilharia do São Paulo no torneio sul-americano.

Apesar do feito, o capitão não manteve o bom início. Desde 21 de março, quando, de pênalti, balançou a rede do Mogi Mirim no Paulistão, o capitão não deixa sua marca. Foram quatro gols nesta temporada, sendo todos eles nos três primeiros meses.

Nas declarações, quando questionado, o capitão insiste em dizer que o jejum não o incomoda. Com 89 gols pelo Tricolor, sendo 50 de falta e 39 de pênalti, Ceni desperdiçou três cobranças este ano. Além delas, contra o Universitário (PER), pelas oitavas de final da Libertadores, ele também errou ao abrir as cobranças.

Apesar de não estar com a pontaria em dia, Rogério segue como cobrador oficial da equipe. Se pintar uma oportunidade amanhã, o camisa 1 será o responsável pela batida.

Fonte: Lancenet

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