No futebol, quanto mais velho se é, menos se treina e mais se descansa. Verdade? Não para Rogério Ceni e Rivaldo que, aos 38 anos, têm provado no dia a dia que para atuar em alto nível é preciso trabalhar mais do que qualquer garotão.
Juntos pela terceira vez seguida, os “velhinhos” são armas poderosas do São Paulo contra a Portuguesa, às 17h deste domingo, no Canindé, em jogo que terá transmissão em tempo real pelo LANCENET!.
Acostumado ao ritmo intenso do futebol brasileiro, o capitão mudou bastante a sua rotina de treinos depois da cirurgia no tornozelo esquerdo que realizou em 2009:
– Mudou por ter mais qualidade do que volume, como era antes. Mas o trabalho é o mesmo, com mais cuidado nas sequências para não sobrecarregar e tirar a energia para o jogo – explicou o preparador de goleiros Haroldo Lamounier.
Após treinar no campo, Ceni realiza trabalhos complementares no Reffis e em banheira de gelo. Contra a Lusa, chega a 77 jogos seguidos. Sacrifício seguro e que vale a pena.
– Rogério sabe o limite dele. Sabe quando tem de puxar mais ou dar uma diminuída. Não ficamos preocupados porque ele tem responsabilidade, se conhece – disse Haroldo.
Já a série de jogos consecutivos de Rivaldo não deve bater recordes, pelo menos por enquanto. Titular nesta tarde de sábado, pode nem viajar para Campina Grande (PB), para o confronto contra o Treze, pela Copa do Brasil. O técnico Carpegiani teme que o desgaste atrapalhe a evolução.
– Isso é o correto. O atleta precisa fazer um jogo pelo menos na semana e buscar outros tipos de treino para que, em três meses, possa estar tranquilo para fazer dois jogos na semana. É precaução. Não vai dar para fazer dois jogos na semana. Mais para frente, sim. Agora seria precipitado – disse o preparador físico Riva Carli.
No início da semana, o camisa 10 sentiu dores musculares, ficando no Reffis por dois dias. Pela exigência física, a situação já era esperada, sendo, porém, facilmente superada.
Com trabalhos específicos, a dupla vai se mantendo na ativa com competitividade e fôlego de menino.
Preparação de Rogério Ceni
Trabalho específico
Assim como Denis, Leonardo e Fabiano, o capitão são-paulino tem o trabalho no campo programado e executado por Haroldo Lamounier. Para os mais jovens, o preparador de goleiros coloca mais volume de treino, com trabalhos de fundamentos da posição. Já com Rogério, é mais trabalhada a dinâmica, o reflexo e a explosão, com muita repetição.
Integração com o Reffis
Para o preparador físico Riva Carli, o segredo dos bons resultados obtidos com Rogério Ceni é a integração dos trabalhos no campo com os exercícios de musculação executados no Reffis.
Além deles, os trabalhos de imersão em banheira de gelo também são fundamentais para a recuperação física do jogador, que desde 2009 mudou sua rotina de treinos. Em entrevista recente ao LANCENET!, o camisa 1 admitiu a importância desses procedimentos: “Pena que a gente só aprenda velho, quando as lesões já existem. Seria melhor entender tudo isso quando era mais jovem”, afirmou o são-paulino.
Preparação de Rivaldo
Trabalho de manutenção
Pela idade avançada (38 anos), o meia recebe cuidados especiais e sua preparação é diferenciada. Ele tem feito trabalhos à parte, além do comum aos outros jogadores, com o preparador físico Hamilton Tavares. É um trabalho com cargas altas, sempre antes dos treinos táticos, técnicos e físicos para chegar mais forte. É um processo de ganho de força, resistência, com alongamento, corrida, e exercício acentuado a nível dos quadris. Após os treinos, ele volta à academia.
Recuperação
No caso de Rivaldo, o trabalho pós-jogo é essencial. Entra em cena a fisioterapeuta Roberta Rosas, que trabalha a hidroginástica, além da fisioterapia. São feitos exercícios na piscina e em aparelhos do Reffis. É o período em que o atleta tende a reclamar de dores.
Lancenet
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