segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Fair play: Ceni pode ser denunciado, e Willian não será punido pelo STJD

Segundo Paulo Schmitt, procurador do Tribunal, lance no Maracanã pode ser enquadrado por simulação ou falta de disciplina do ídolo do São Paulo


Rogerio ceni são paulo botafogo brasileirão (Foto: Dhavid Normando / Agência Estado)Goleiro Rogerio Ceni pode ser punido pelo STJD.
(Foto: Dhavid Normando / Agência Estado)
A 17ª rodada do Campeonato Brasileiro teve dois lances que chamaram a atenção pela falta de fair play, jogo limpo na tradução literal. No Mineirão, vascaínos reclamaram muito do atacante cruzeirense Willian, que devolveu uma posse de bola para o time carioca, mas de forma que favoreceu aos mineiros. No Maracanã, o goleiro Rogério Ceni conseguiu parar um ataque do Botafogo jogando uma segunda bola em campo. O procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, afirmou que o lance do jogo no Rio de Janeiro será analisado e pode ser denunciado.
- O lance do Rogério Ceni ainda não analisamos. Ainda é cedo para falar em punição, mas vamos analisar durante a semana. Pode ser enquadrado em qualquer artigo sobre simulação ou falta de disciplina - disse o procurador.
No segundo tempo, o árbitro Sandro Meira Ricci apontou falta para o Botafogo próxima da área. O Alvinegro cobrou rápido enquanto os jogadores do São Paulo falavam com o juiz. Para interromper o lance, o goleiro Rogério Ceni jogou uma segunda bola em campo, o que fez com que Sandro Meira Ricci parasse a jogada, que era perigosa.
Na transmissão da TV Globo, o comentarista de arbitragem Leonardo Gaciba afirmou que o goleiro do São Paulo deveria ter sido punido com o cartão amarelo. Para ele, o árbitro Sandro Meira Ricci preferiu não se complicar e mandou voltar o lance da falta a favor do Botafogo, que iniciou a confusão. (Veja o lance e o comentário de Leonardo Gaciba no vídeo ao lado)
- Nesse caso, o Rogério Ceni deveria ter tomado o cartão amarelo porque estava com uma bola na mão e a jogou em direção a bola do jogo para tentar interromper a partida propositalmente, como fez. Como o árbitro já tinha autorizado a cobrança a falta, o correto seria dar bola ao chão onde a segunda bola interferiu no jogo. E nesse caso foi dentro da área. O árbitro fez o que a gente chama de 'Regra 18'. Foi mais fácil dizer que ainda não tinha autorizado a cobrança e mandou voltar - disse Gaciba, fazendo referências às 17 regras. Nesse caso, Sandro Meira Ricci teria usado uma regra que não existe.
Reclamação vascaína
No Mineirão, o atacante cruzeirense Willian criou polêmica em um lance de bola ao chão, que deveria ser devolvida ao Vasco. Ele chutou a bola na direção da linha lateral e em seguida correu para marcar Fagner, que dominou a bola. O vascaíno tentou dar um chutão, mas a bola bateu no jogador do Cruzeiro e após 41 segundos, o volante Lucas Silva acertou um lindo chute que resultou no quarto gol do Cruzeiro. Nesse caso, Paulo Schmitt não viu qualquer irregularidade.(Confira o lance completo no vídeo ao lado)
- Não houve falta de fair play. O jogador chutou a bola e ainda levou mais de 40 segundos para sair o gol. O Vasco teve a chance de tirar a bola. Não dá nem para se falar em falta de fair play. A bola chegou a ficar dominada pela defesa - minimizou o procurador.
Lédio Carmona, que comentou a partida no SporTV, disse que a atitude Willian não foi correta, mas não se pode dizer que o lance foi fundamental para que saísse o quarto gol do Cruzeiro, levando em conta o tempo que ainda se levou para sair o gol. No Redação SporTV desta segunda-feira, o comentarista Bob Faria disse que o atacante cruzeirense agiu certo, chutando a bola para a linha lateral e quem errou foi o lateral vascaíno Fagner, que tentou sair jogando. Para o técnico do Vasco Dorival Júnior, o lance foi desleal e decidiu o jogo.
- Imperou a deslealdade. Favoreceu a malandragem. O Willian pegou a bola e a jogou de uma maneira que poderia pressionar. Jogou a bola e foi em cima do Fagner, e o gol só saiu por causa disso. Fair play falso? Fair play sacana? No Brasil a gente aprende a valorizar a sacanagem, aprende a ser sacana desde pequeno. E foi isso o que aconteceu. O jogo foi definido numa jogada de falsidade de um fair play. Não tem por que usar de artimanhas e artifícios desleais ao esporte - reclamou Dorival após o jogo.
No final da partida, Juninho Pernambucano também se mostrou incomodado com a atitude do atacante do Cruzeiro e também afirmou que o lance foi definitivo para a derrota do Vasco. (Confira a entrevista de Juninho no vídeo ao lado)
- A bola era para ser jogada para o Vasco e o William agiu malandramente. Infelizmente no Brasil o malandro é sempre o certo, o mais esperto. Ele jogou a bola em condição de pressionar o Fagner, depois a jogada teve sequência e eles definiram a partida - disse o ídolo vascaíno.
Globo Esporte

Um comentário:

  1. Vamos lá, porque parece que falta inteligencia para quem escreveu o artigo.
    O Rogério Ceni não colocou a segunda bola em jogo. A bola já estava em campo, ele a segurava.Por isso, o juiz não poderia ter deixado o lance rapido continuar.
    Você queria que o Rogerio jogasse a bola para fora??? Acorda.

    ResponderExcluir