Paulo Amaral evita entrar em detalhes sobre atrito com o goleiro na temporada 2001 e diz que ele não deveria mais cobrar pênaltis
Rogério Ceni viveu em 2001 sua pior fase no São Paulo. Hoje ídolo da torcida, o goleiro foi afastado do elenco por 29 dias por ter, segundo a diretoria, forjado uma proposta do Arsenal. Doze anos depois, o ex-presidente Paulo Amaral garante que não se arrepende daquela atitude e diz que não gostaria que o camisa 1 continuasse cobrando pênaltis.
Fora da diretoria desde que perdeu a eleição em 2002 para Marcelo Portugal Gouvea, Amaral hoje é aliado de Kalil Rocha Abdalla para as eleições de 2014. Ao lado de outros ex-presidentes, ele desponta como um dos pilares de sustentação do grupo que tenta tirar Juvenal Juvêncio do poder.
Durante evento da oposição, na capital paulista, Paulo Amaral se mostrou desconfortável em falar sobre os problemas que teve com Rogério Ceni na ocasião. O goleiro quase foi negociado com o Cruzeiro, mas a mudança de comando do clube permitiu que ele ficasse.
Não houve reconciliação. Durante meu período, de 2001 até 2002, tivemos uma relação simplesmente profissional"
Paulo Amaral, sobre Rogério Ceni
– É um episódio que pertence ao passado e não pretendo revivê-lo. É um assunto doloroso, que envolve um atleta muito considerado no clube – afirmou Amaral.
Os problemas começaram quando Rogério Ceni apresentou ao São Paulo uma proposta do Arsenal. O dirigente disse que não tinha condições de cobrir a oferta e aceitou vender o goleiro. No entanto, dias depois, o Tricolor apresentou um fax do clube inglês informando que nunca teve interesse na contratação. Por conta disso, o goleiro acabou afastado.
- Eu não me arrependo de nada. Absolutamente – disse o ex-presidente.
Amaral revelou que, depois da confusão, ele e Rogério Ceni conviveram normalmente no dia a dia do clube, mas sem qualquer pedido de desculpa de ambas as partes.
– Não houve reconciliação. Durante meu período, de 2001 até 2002, tivemos uma relação simplesmente profissional.
Paulo Amaral não quis se manifestar sobre a possível aposentadoria do goleiro no fim da atual temporada, mas acredita que ele não deveria cobrar pênaltis novamente. Ceni perdeu quatro seguidos - o último nos minutos finais do clássico contra o Corinthians.
– Como batedor, não (quero que continue). Quando você erra três e vai cobrar o quarto, está sob pressão. É importante ter autoconfiança. Depois de três cobranças, ele não estava confiante.
A mesma opinião tem Kalil Rocha Abdalla, candidato da oposição às eleições de abril de 2014. O presidenciável, aliás, até deu dicas de como se deve efetuar uma cobrança perfeita de pênaltis.
A mesma opinião tem Kalil Rocha Abdalla, candidato da oposição às eleições de abril de 2014. O presidenciável, aliás, até deu dicas de como se deve efetuar uma cobrança perfeita de pênaltis.
– Ele deve se aposentar como batedor de pênaltis. Como jogador, não sei. Pênalti tem de chutar alto e com força. Ou no meio do gol. O goleiro vai para um lado e para o outro e deixa o meio livre (risos).
Já Marco Aurélio Cunha, outro que compõe o grupo oposicionista, acredita que o goleiro deveria se aposentar no Campeonato Paulista de 2014, fazendo uma espécie de turnê e recebendo homenagens a cada rodada.
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