Com o moral de quem convive diariamente com Rogério Ceni há 11 anos, o preparador de goleiros são-paulino Haroldo Lamounier está em campanha. A causa: impedir que o camisa 1 pendure as luvas em dezembro, como ele prometeu na metade deste ano.
"Falo com o Rogério Ceni sobre esse assunto toda hora. Ressalto que ele está bem fisicamente, que continua excelente tecnicamente. As dores também não aumentaram em relação ao ano passado…", justifica Haroldo. "É bem verdade que ele está com uma tendinite chata no joelho, mas deve passar logo."
A pressão do preparador se intensificou depois da grande atuação de Rogério Ceni na quarta-feira, quando o São Paulo venceu o Atlético-PR por 1 a 0, no Morumbi. “Está evidente que daria para prorrogar essa aposentadoria. Nem que fosse só até o fim da Libertadores de 2015”, acrescenta.
Apesar da insistência, Haroldo está perdendo a esperança. “O Rogério está irredutível. Ele entende que já chegou a hora de parar. Mas ainda tenho alguns meses e não desistirei tão facilmente”, assegura Haroldo, contratado para cuidar dos goleiros do Tricolor em 2003.
Apesar de defender a permanência do titular, Haroldo assegura que não desconfia da capacidade dos substitutos de Rogério Ceni. “Tanto o Denis quanto o Renan podem assumir a posição. São dois goleiros novos, mas bem talentosos.”
Desde que o capitão tricolor marcou seu adeus dos campos, diversos goleiros foram oferecidos à diretoria. Entre os principais, Diego Cavalieri, do Fluminense; Rafael, do Napoli; e Felipe, atualmente encostado no Flamengo.
Haroldo e Rogério Ceni trabalham juntos diariamente desde 2003 (Rubens Chiri/SPFC)
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